As maiores taxas médias do ano foram registradas em estados do Nordeste e as menores, no Sul do país. Na passagem do terceiro para o quarto trimestre, desemprego recuou em apenas cinco estados.
Os impactos negativos da pandemia do coronavírus sobre o mercado de trabalho levaram 20 estados brasileiros a registrarem recorde da taxa média de desemprego em 2020. É o que apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os resultados regionais acompanharam a média nacional. Conforme divulgado pelo IBGE na última semana de fevereiro, .
As maiores taxas foram registradas em estados do Nordeste e as menores, no Sul. Somente em sete estados a taxa de desemprego média do ano não bateu recorde. São eles: Pará, Amapá, Tocantins, Piauí, Pernambuco, Espírito Santo, e Santa Catarina.
Dentre os 20 estados que registraram recorde, 12 tiveram taxa superior à média nacional. Os estados nos quais a taxa foi menor que a média do país são: Rondônia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.
Menos da metade da população ocupada
Em 15 estados, a maioria do Norte e Nordeste, o nível de ocupação ficou abaixo de 50% em 2020. Isso significa que menos da metade da população em idade de trabalhar nestes estados estava ocupada no ano. Na média nacional,
O nível de ocupação mais baixo foi registrado em Alagoas. O Rio de Janeiro foi o único estado fora do Norte e Nordeste onde o nível de ocupação ficou abaixo de 50%.
De acordo com o IBGE, a população ocupada em todo país foi reduzida em cerca de 7,3 milhões de pessoas na comparação com 2019.
Queda da informalidade reduziu a ocupação no país
O IBGE destacou que a crise no mercado de trabalho afetou, inclusive, o trabalho informal no país, considerado a porta de mais fácil acesso à ocupação. E foi a queda do número de trabalhadores informais a principal responsável pelos recordes da taxa de desemprego e baixo nível de ocupação.
“A queda da informalidade não está relacionada a mais trabalhadores formais no mercado. Está relacionada ao fato de trabalhadores informais terem perdido sua ocupação ao longo do ano”, explicou Adriana Beringuy.
São considerados trabalhadores informais, segundo o IBGE, aqueles ocupados sem carteira, os trabalhadores domésticos sem carteira, os empregadores sem CNPJ, os que trabalham por conta própria sem CNPJ e os trabalhador familiar auxiliar.