A prorrogação do auxílio emergencial é um assunto muito falado nos últimos meses, desde o fim do benefício em dezembro muitas famílias ficaram desamparadas ou recebendo o bolsa família. O governo pagou desde o ano passado cinco parcelas de 600 reais para o indivíduo, e 1200 para mãe de família. Com o fim das cinco parcelas, o governo não hesitou em prorrogar para mais quatro de R$ 300. No entanto, a nova extensão para 2021 é um assunto muito duvidoso, já que o próprio presidente deixou claro em varias falas que não poderia mais estourar o teto do governo.
Na sexta-feira (15), Jair Bolsonaro participou de uma entrevista com o jornalista, José Luiz Datena, onde falou sobre a situação atual do país diante da pandemia da covid-19 e sobre a extensão do auxílio emergencial.
"A gente não aguenta continuar pagando o auxílio emergencial", disse Bolsonaro para Datena.
Segundo o presidente o pagamento do auxílio no ano de 2020 não foi tirado de caixa livre e sim de empréstimos que somam mais 700 bilhões de reais, no total.
Para Bolsonaro a extensão do programa pode aumentar a taxa de juros do Brasil ainda mais, que atualmente está em 2% ao ano, o desfecho disso pode ser a volta da inflação para o país.
Bolsonaro voltou a repetir na entrevista que pessoas saudáveis abaixo de 50 anos devem voltar "sem problema nenhum" ao trabalho, somente as pessoas e idosos que tem algum problema de saúde devem ser preocupar atualmente.
"O resto tem que continuar a trabalhar porque a vida continua".
Perguntado sobre a alta dos preços ele respondeu que descarta o tabelamento de preços e que se isso viesse a ocorrer os produtos iam sumir dos supermercados e ir para o "câmbio negro".
No momento a expectativa é que as pessoas que recebem o bolsa família, tenham um pequeno aumento no valor e que outras famílias sejam incluídas no programa também.